A vida cristã não é uma
colônia de férias, é um campo de batalha. Ser cristão não é viver numa redoma
de vidro, onde os problemas e as dificuldades da vida nunca nos atingirão. Vida
cristã é uma guerra sem trégua contra o mal; é uma batalha contínua contra a
carne, o mundo e o diabo.
A vida do apóstolo Paulo
retrata essa verdade de forma eloquente. A despeito desse paladino do
cristianismo ser o maior pastor, evangelista, teólogo e plantador de igrejas da
história do cristianismo, ele encerrou sua carreira enfrentando dramas pessoais.
A seguir, vejamos algumas
dessas dolorosas experiências:
1)
O drama da solidão
(2 Tm 4.9,11,21) – Paulo estava preso numa masmorra romana, na antessala do
martírio e no corredor da morte. O tempo da sua partida chegara. E, nesse
momento final da vida, em vez de estar cercado de amigos, estava sozinho, em
plena solidão. Mesmo tendo a assistência do céu, ele precisava da solidariedade
humana. A solidão é uma dor que dói na alma, e Paulo não teve vergonha de
expressá-la publicamente.
2)
O drama do abandono
(2 Tm 4.10) – Paulo foi abandonado por Demas no final da vida. Aquele que
deveria estar ao seu lado, bandeou-se para o mundo e abandonou o veterano
apóstolo. Aquele que deveria estar encorajado o apóstolo diante da dura
realidade do martírio que se aproximava, amou o presente século e afastou-se.
Paulo não apenas sentiu a dor da solidão, mas também sentiu na pele o aguilhão
do abandono. Mesmo sabendo que Deus jamais o abandonaria, Paulo expressa a dor
de ser abandonado por aqueles que um dia caminham com ele.
3)
O drama da traição
(2 Tm 4.14,15) – Paulo foi traído por Alexandre, o latoeiro. Esse homem causou-lhe
muitos males e resistiu fortemente às suas palavras. Os historiadores afirmam
que foi Alexandre, o latoeiro, quem delatou Paulo, culminando na sua segunda
prisão em Roma e consequentemente o martírio. Não é fácil ser traído.
Não é fácil lidar com
aqueles que buscam uma oportunidade para puxar nosso tapete e apunhalar-nos
pelas costas. Paulo sentiu de forma profunda esse drama. Em vez, porém, de guardar
mágoa, entregou para Deus sua causa, dizendo: O Senhor lhe dará a paga segundo
suas obras.
Pr. Marcelo Oliveira
A-BD
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