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sábado, 18 de agosto de 2012

Mansidão: uma evidência do poder do Fruto do Espírito

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22,23). Já tratamos sobre este tema em uma reflexão anterior, sobre as bem-aventuranças. Mas, como está inserida no Fruto do Espírito Santo, outra vez faremos comentários sobre a matéria.

A mansidão é a moderação acompanhada de fortaleza e valor. Sem esta virtude, o crente jamais poderá obter progressos em sua vida devocional ou pessoal com Deus (Sl 25.9). Como características de uma pessoa mansa, se destacam a delicadeza de conduta, o comportamento gentil e amável, a prudência nas palavras e uma disposição pacífica, mesmo quando se podia agir de uma maneira diferente. Estas virtudes são imprescindíveis à vida de um cristão, principalmente no trato com as pessoas.
No sentido espiritual, a mansidão se manifesta quando um servo de Deus resiste à adversidade, se resigna diante vontade divina e Seus propósitos, sem murmurações ou queixas. Também produz a tolerância diante das injustiças dos homens, a calma diante de situações onde poderia predominar a ira ou ressentimento. A mansidão é a virtude de quem sofre pressão, acusação, ataques e falta de gentileza, sem ser dominado pela raiva ou desespero.

Em nosso relacionamento com Deus, este atributo é resultado de Sua Palavra em nosso viver (Tg 1.21), quebrando nosso orgulho (Sof 3.9-13), pelo exemplo maior de mansidão, que é nosso Senhor Jesus Cristo (Fil 2.5-11). Em sua vida, o Mestre nos ensinou que o manso suporta o querer divino em sua vida, ainda que com dores (Is 53.10), tem a disposição para perdoar e orar por aqueles que lhe fazem o mal (Mt 11.29; Lc 23.34).
“Mas tu, ó homem de Deus… segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão” (I Tm 6.11).


Pr. Ailton José Alves

Temperança: o autocontrole pelo Espírito Santo

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22,23). Nesta última reflexão sobre o Fruto do Espírito Santo, analisaremos a temperança, atributo essencial para a vida diária do cristão em seu aspecto espiritual e nos seus relacionamentos interpessoais.
A temperança é o domínio próprio das paixões, desejos ou impulsos da natureza humana. Pode ser traduzido também como a autodisciplina, o controle sobre a vontade e a força da mente guiada por Cristo sobre as inclinações naturais. Um cristão sóbrio possui, pelo Espírito Santo, a capacidade de controlar ou equilibrar suas ações e emoções. Esta sobriedade é característica de um crente maduro e que tem sua vida guiada pelos parâmetros da Palavra de Deus (I Pe 4.2).
A atuação da temperança no nosso viver diário é resultado de um árduo e diligente exercício em nossa personalidade. É a submissão de nossos caprichos à vontade do Espírito de Deus, de nosso temperamento às orientações divinas e o amoldamento de nossa natureza carnal aos padrões divinos de comportamento (Tt 2.12).
Portanto, irmãos, que o Senhor nosso Deus nos ajude a viver com intensidade o Fruto do Espírito Santo, revelando a influência abençoadora de Deus em nosso caráter.
“Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade; Aprovando o que é agradável ao Senhor”  (Ef 5.9,10).
Pr. Ailton José Alves

Parabéns

HOJE É ANIVERSARIO DO PASTOR PRESIDENTE AILTON JOSÉ ALVES
PASTOR PAI E AMIGO!
DEUS CONTINUE COM SUAS MÃOS ESTENDIDAS SOBRE SUA VIDA E QUE 
SEUS PENSAMENTOS SEJAM SEMPRE OS PENSAMENTOS DE DEUS,
ISTO É  OQUE DESEJA TODOS QUE FAZEM PARTE DA
ADGRAVATÁ

MEUS PARABÉNS!


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ser santo não é ser perfeito, mas a santidade nos conduz à perfeição



Primeiramente vamos quebrar esse paradigma de que santidade é sinônimo de perfeição. O significado fundamental de santidade é “separateness”, ou seja, trata-se de algo separado do comum, da rotina, da mesmice (Deuteronômio 7.6).
Infelizmente, muitos têm adotado e associado o termo santidade com perfeição, e isso tem gerado uma confusão enorme no meio cristão. Quando pensamos em perfeição, logo nos vem à mente que somente Jesus foi Santo, e nenhum outro homem será capaz desse nível de santidade (e aqui sim associamos com a perfeição).
Eu vou além, ao afirmar que o termo santidade, hoje, está ligado à expressão religiosa por excelência, a qual muitos fazem uma estreita ligação que se pode encontrar em qualquer lugar entre a religião e o sagrado. Alguns fazem a dicotomia entre o sagrado e o profano, e, para ser santo, não se pode dar lugar ao “profano”. Mas santidade, em uma grande variedade de expressão, é o núcleo íntimo de fé e prática religiosa.
Santidade se refere a sua natureza essencial, não é tanto um atributo de Deus, pois é o próprio fundamento do seu ser. É por isso que nós declaramos ao Senhor: “Santo, Santo, Santo” (Isaías 6.3)
O autor de Hebreus, ao dizer, em Hb 12.14, “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor”, nos ensina que santificação é pureza de vida. Ela vem de Deus (Hb 13.21) e é orientada através da correção do Pai (Hb 12.10).
Segundo o escritor, ninguém verá o Senhor, isto é, estará com Deus, que é o alvo da salvação. Agora, aqueles que, pela graça e por intermédio da fé, seguem e recebem a santificação de Cristo, certamente verão a Deus e se tornarão semelhantes a Ele. (I Tessalonicenses 4.3).
Essa é uma grande questão que poucos têm se policiado. Muitos têm vivido como cães que não ligam para o que é sagrado. Ser santo não significa ser perfeito, mas ser íntegro de coração e reconhecer que é falho e pecador, que necessita da graça de Deus todos os dias.
A santificação é um processo que nos faz amar mais as coisas de Deus do que as do mundo. É através da santificação que Deus passa a agir em nós de maneira que nos assemelhamos mais a Ele. Precisamos observa a Palavra de Deus, porque esta é a principal forma de nos santificarmos realmente no Senhor (Salmos 119.9)
Santidade é uma escolha, um estilo de vida. Mas, para isso, é preciso abrir mão de muitas coisas, e, principalmente, renunciar a sua própria vida para ser “santo”. Mas lembre-se: é mais importante obedecer a Deus do que a homens.
Se o seu prazer está em Deus e em seu Reino, viver uma vida de santidade pode se tornar “fácil”.



A-BD

Quantos pastores do nível de Simão, o mágico, andam pregando por aí atualmente?



O livro de Atos narra, no capítulo 8, a história de Simão, um mágico da cidade de Samaria que era um grande “sucesso” entre o povo. Ele iludia a população com mágicas, o que lhe rendeu grande fama. O texto diz que todos lhe davam ouvidos chamando-o, inclusive, de “Grande Poder”.
Quando a mensagem salvadora do Evangelho chegou a Samaria por meio de Filipe, diácono da Igreja primitiva, que anunciava a Cristo e realizava sinais e prodígios (8.4-8), a multidão que andava após Simão creu no Senhor. Aparentemente, o próprio Simão abraçou a fé, sendo até batizado. Digo aparentemente porque o texto sugere que o que despertou o interesse de Simão não foi propriamente a Palavra pregada, mas os sinais realizados. O versículo 13 diz que ele “acompanhava a Filipe de perto, observando, extasiado, os sinais e grandes milagres praticados”.
Notamos, porém, que Simão não estava preocupado com a glória de Deus, mas com a sua própria. Queria mesmo era voltar a ser visto como o “Grande Poder”. Cristo Jesus não era o Deus digno de adoração, mas simplesmente aquele que poderia conceder o que ele realmente queria: voltar a ser notado pelo povo.
A evidência disso está nos versículos subsequentes. Quando os apóstolos tomam conhecimento da conversão de samaritanos, enviam para lá Pedro e João. Lucas narra que quando Simão viu que, mediante a imposição de mãos dos apóstolos, os que creram recebiam o Espírito Santo, tratou de tentar “comprar a bênção”, ofereceu dinheiro aos apóstolos para que lhe fosse concedido o mesmo poder, e isso rendeu a ele uma dura repreensão por parte de Pedro, que afirmou: “o teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus” (8.20). Pedro afirmou ainda que Simão não tinha parte naquele ministério, que seu coração não era reto e que ele deveria se arrepender, o que não sabemos se, de fato, ocorreu.
Mudando o que tem de ser mudado, notamos que, quase dois mil anos depois do ocorrido com Simão, e devidamente registrado nas Escrituras para o nosso ensino, o evangelicalismo brasileiro, sobretudo no meio neopentecostal, padece do mesmo pecado. A grande diferença é que no caso bíblico foi Simão que tentou comprar dos apóstolos a bênção, enquanto hoje são os “apóstolos”, “pastores” e “missionários” que tentam vender os favores divinos aos milhares de incautos “Simões” hodiernos.
Não é preciso pesquisar muito para verificar. Basta perder (esse é o termo exato) tempo assistindo à maioria dos programas evangélicos ou navegar um pouco pela internet para encontrar “pastor” chamando de trouxa aqueles que ofertam simplesmente porque amam a Deus, sem esperar nada em troca; “apóstolo” pedindo o trízimo e garantindo que, após isso, os ofertantes terão um bom ano; “missionário” pedindo “contribuição” a fim de orar pela salvação dos que foram indicados pelos associados.
Se vivesse hoje, Simão, o mágico, teria como escolher o melhor investimento, pechinchar e ficaria até indeciso de quem comprar devido à grande quantidade de oferta no vergonhoso mercado “da fé”.
A triste ironia é que tudo isso tem acontecido em igrejas que são tidas por muitos como “herdeiras” da Reforma Protestante, mas que desconhecem, ou fingem não saber, que um dos grandes problemas atacados por Lutero em suas 95 teses foi justamente a simonia, nome dado à compra ou venda ilícitas das coisas espirituais, que tem origem na história de Simão, o mágico.
Na verdade, tanto os estelionatários da fé, que têm vendido bênçãos, como os que têm comprado cometem o mesmo pecado de Simão: tentam usar Deus para os seus próprios interesses. Estes, pensando que conseguirão o favor divino com ofertas. Aqueles, querendo faturar com a fé alheia, contudo, sempre com a mesma motivação egoísta.
Como se vê, não é de hoje que os homens querem se aproximar de Deus para os seus próprios benefícios. Cuidemos para não cair nessa mesma cilada e entendamos que o Senhor deve ser adorado não por aquilo que Ele pode nos dar, mas por quem Ele é como afirma o salmista: “grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, temível mais que todos os deuses” (Sl 96.4).
A-BD

A vida cristã não é uma colônia de férias, é um campo de batalha



A vida cristã não é uma colônia de férias, é um campo de batalha. Ser cristão não é viver numa redoma de vidro, onde os problemas e as dificuldades da vida nunca nos atingirão. Vida cristã é uma guerra sem trégua contra o mal; é uma batalha contínua contra a carne, o mundo e o diabo.
A vida do apóstolo Paulo retrata essa verdade de forma eloquente. A despeito desse paladino do cristianismo ser o maior pastor, evangelista, teólogo e plantador de igrejas da história do cristianismo, ele encerrou sua carreira enfrentando dramas pessoais.
A seguir, vejamos algumas dessas dolorosas experiências:
1) O drama da solidão (2 Tm 4.9,11,21) – Paulo estava preso numa masmorra romana, na antessala do martírio e no corredor da morte. O tempo da sua partida chegara. E, nesse momento final da vida, em vez de estar cercado de amigos, estava sozinho, em plena solidão. Mesmo tendo a assistência do céu, ele precisava da solidariedade humana. A solidão é uma dor que dói na alma, e Paulo não teve vergonha de expressá-la publicamente.
2) O drama do abandono (2 Tm 4.10) – Paulo foi abandonado por Demas no final da vida. Aquele que deveria estar ao seu lado, bandeou-se para o mundo e abandonou o veterano apóstolo. Aquele que deveria estar encorajado o apóstolo diante da dura realidade do martírio que se aproximava, amou o presente século e afastou-se. Paulo não apenas sentiu a dor da solidão, mas também sentiu na pele o aguilhão do abandono. Mesmo sabendo que Deus jamais o abandonaria, Paulo expressa a dor de ser abandonado por aqueles que um dia caminham com ele.
3) O drama da traição (2 Tm 4.14,15) – Paulo foi traído por Alexandre, o latoeiro. Esse homem causou-lhe muitos males e resistiu fortemente às suas palavras. Os historiadores afirmam que foi Alexandre, o latoeiro, quem delatou Paulo, culminando na sua segunda prisão em Roma e consequentemente o martírio. Não é fácil ser traído.
Não é fácil lidar com aqueles que buscam uma oportunidade para puxar nosso tapete e apunhalar-nos pelas costas. Paulo sentiu de forma profunda esse drama. Em vez, porém, de guardar mágoa, entregou para Deus sua causa, dizendo: O Senhor lhe dará a paga segundo suas obras.
Pr. Marcelo Oliveira
A-BD

Por que é perigoso gostar das coisas do mundo?

 
Nosso Senhor nos adverte que o coração de muitos ouvintes da Palavra é como o terreno espinhoso (Lc 8.7). A semente da Palavra semeada nele fica sufocada pela multidão dos outros cuidados que ocupam suas afeições.
Esses ouvintes não se opõem às doutrinas e exigências do evangelho; até desejam crer nelas e obedecê-las. Todavia, permitem que as coisas terrenas tomem posse da mente, não deixando nenhum espaço à Palavra de Deus, para que ela faça seu trabalho. Disso resulta que, não importa quantos sermões ouçam, os tais não parecem melhorar em nada. No seu íntimo, o processo de asfixiar a verdade avança semana após outra. Não produzem frutos de aperfeiçoamento.
Os cuidados desta vida estão entre os maiores perigos que estorvam o caminho do crente. O dinheiro, os prazeres, os empreendimentos terrenos do dia a dia... São incontáveis as ciladas armadas para capturar almas. Milhares de coisas inocentes em si mesmas, se dominadas pelos excessos, são pouco menos do que veneno para a alma e cooperam com o inferno.
O pecado descarado não é a única transgressão que arruína as almas. No seio de nossas famílias e nas solicitudes de nossas vocações lícitas, temos de estar em guarda. Se não vigiarmos e orarmos, esses interesses mundanos podem nos roubar o céu e sufocar cada sermão que ouvimos. Poderemos viver e morrer como ouvintes cujo coração é terreno espinhoso.
"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." (I João 2.15)
J. C. Ryle
 A-BD